A 54ª Exposição Agropecuária de Uberlândia – Camaru 2017 – recebe as programações culturais do Festival Instrumental Raízes do Campo e da Mostra de Dança Minas Catira, nos dias 02 e 03 de setembro, com entrada franca. Ambos os eventos são assinados pelos patrocinadores Rodoban, Usina Aroeira e Algar Telecom, com o apoio da Politriz e do Sindicato Rural de Uberlândia, produção da Viola de Nóis Produções e incentivos dos Governos Federal e de Minas Gerais, por meio da Lei Rouanet e Lei Estadual de Incentivo à Cultura. O ator e violeiro Jackson Antunes estará no palco do Camaru para fazer a apresentação do Festival.
No sábado, das 15 às 18 horas, acontece no anfiteatro do Camaru a mesa redonda “A música instrumental de viola no cenário atual”, discutida e comentada pelos artistas Arnaldo Freitas, Fernando Sodré, Marcos Violeiro, Valdir Verona e Rafael De Boni e mais o convidado Tarcísio Manuvéi, para um debate acerca dos aspectos da atuação dos violeiros instrumentistas, contratações e fomento no cenário nacional e internacional à música instrumental de viola. A mesa se destina a alunos e profissionais da música, produtores culturais e empresários do ramo. É necessário se inscrever para participar.
No dia 3 de setembro, uberlandenses e uberlandinos poderão curtir o domingo em família. Durante a tarde os grupos de catira Tradição de Minas (Uberaba/MG); Os Favoritos da Catira (Guarulhos/SP) e Raízes do Sertão (Uberlândia/MG), embalados pelo recortado da viola ressoarão cânticos originais, enaltecendo toda uma tradição de mais de 450 anos.
A noite será coroada com os shows pra lá de especiais dos instrumentistas Arnaldo Freitas, Fernando Sodré, Marcos Violeiro e Valdir Verona & Rafael De Boni. O ator e violeiro Jackson Antunes ocupará lugar de destaque apresentando o festival, que contará ainda na programação noturna com as apresentações dos grupos Catira dos Borges e Os Considerados; da coreógrafa e bailarina Cris Cabral; dos bailarinos Jô Cariso e Neides Prestes do Instituto JC e da Cia de Dança Balé de Rua, compondo um espetáculo de extremo virtuosismo e beleza.
Programação Cultural – Festival Raízes do Cerrado
02/09 – Mesa Redonda “A música instrumental de viola no cenário atual” – Auditório do Sindicato Rural de Uberlândia
03/09 – Tarde – Mostra de Dança Minas Catira
03/09 – Noite – Festival Instrumental Raízes do Campo
Sobre os instrumentistas:
Arnaldo Freitas é compositor e instrumentista de viola caipira. Com sua técnica apurada e interpretação emocionante, é considerado um dos principais violeiros da nova safra da música instrumental brasileira. O instrumentista é influenciado por Tião Carreiro, Bambico e Renato Andrade (da música caipira brasileira) e pelos diferentes universos das cordas de Paco de Lucia, Andrés Segovia, Raphael Rabelo, Dilermando Reis, Juanjo Dominguez e Yamandu Costa. Versatilidade e arranjos ousados são marcas registradas do violeiro, que fez parte do casting da TV Cultura por uma década como violeiro-instrumentista do programa de TV “Viola, Minha Viola’’ apresentado por Inezita Barroso.
Fernando Sodré Trio – A formação trio anuncia uma concepção jazzística que marca a execução das peças neste show. Ao lado da viola de Sodré e do contrabaixo de Thiago Espírito Santo a bateria Esdras Ferreira (Neném). Oportunidade para desfrutar momentos carregados de técnica e emoção. No repertório, clássicos mineiros, brasileiros e internacionais, com jazz, choro, samba, milongas e peças autorais de Sodré.
Marcos Violeiro – mineiro de Uberlândia, desde criança despertou o gosto pela viola na fazenda onde morava. Intérprete do CD instrumental “A Viola Iluminada” Marcos Violeiro apresenta no palco do festival um show ímpar de música raiz executando ritmos como polca e chamamé.
Valdir Verona & Rafael De Boni – Músicos com formação musical eclética, Verona e De Boni criaram o Duo Viola e Acordeon em 2006, e desde então consolidaram-se com uma das duplas de maior prestígio no circuito da música instrumental do Sul do Brasil. Aclamados pelo público e respeitados pela crítica, Verona e De Boni dedicam-se ao fazer musical de qualidade, associando o encanto da viola com a ressonância vigorosa do acordeon. Dessa união surgem canções autorais de amplo alcance, que não se limitam ao regionalismo sulista. Na interpretação da dupla é possível fruir do jazz à milonga, do tango à MPB. Claro que, em homenagem às origens, no repertório não faltam temas de domínio público e releituras de clássicos do folclore gaúcho.